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Revista Nº 17 - Novembro/Dezembro
Editorial
Muito se fala de uma sociedade 5.0, onde entre outros benefícios, a ideia é contribuir para uma sociedade mais feliz, mais satisfeita e, consequentemente, mais produtiva.
A sociedade 5.0 é uma proposta do Japão, durante o 5º plano Básico da Ciência e Tecnologia, que consignou o objetivo do país em fazer uso de tecnologias para fins distintos do desenvolvimento económico em si. Isso significa que utilizar este meio para promover maior bem-estar para a população, sem comprometer recursos ambientais e de forma a contemplar a solução dos problemas locais.
Se hoje muitos se assustam e se sentem inseguros com os impactos das novas tecnologias, especialmente sobre o mercado de trabalho, este novo paradigma serviria para tranquilizar e dar a noção de que ao invés de inimigos, as novas tecnologias estariam a favor da população.
A necessidade de um maior equilíbrio entre o mental, emocional e espiritual, iria permitir uma visão mais alargada do ser humano, onde as pessoas teriam uma maior oportunidade de se libertarem de alguns dos constrangimentos, ultrapassando, assim, limitações e barreiras, dando mais valor à imaginação e à criatividade, contribuindo para uma maior qualidade de vida e a resolução de problemas sociais.
Segundo Dr. José Pinto da Costa (edição 14 da revista Espaço Aberto), todas as medicinas complementam-se. A grande questão das medicinas integrativas é que elas não tratam nada isoladamente; tratam o indivíduo no seu grupo psicossomático, na perspetiva integral do indivíduo, tendo em conta que a mente e o corpo são inseparáveis, que são capazes de se regenerarem, se o indivíduo estiver convencido e decidido a tomar parte da sua cura.
Hoje sabemos que a existência de células estaminais no cérebro, devido à própria vontade e determinação do indivíduo, facilita muito nos processos de cura.
A medicina holística ou integrativa não trata o sintoma de qualquer maneira. Na medicina alopática, se o indivíduo está com uma pneumonia, damos-lhe um antibiótico; se está com uma diarreia, damos-lhe uns comprimidos de sulfato de neomicina. Ou seja, não tentamos perceber de onde vieram a pneumonia e a diarreia.
A medicina holística trata o indivíduo como um todo, trata o porquê. Por isso é que eu sou a favor das medicinas integrativas.
Pensemos numa nova sociedade, pensemos em novas tecnologias, mas a necessidade de uma educação baseada na integridade do conhecimento espiritual é urgente e determinante para a evolução do ser humano.
Maria Ribeiro