
Todas as oportunidades são boas...
Por Joana Fitas em Março de 2022
Todas as oportunidades são boas no que diz respeito ao desenvolvimento pessoal. Neste artigo vamos explorar, na medida do possível, em que é que este novo ano ajuda nesta matéria. Para isso vamos recorrer à numerologia, ao Tarot e à Sibylla Pitonisa (oráculo baseado no Lenormand, já disponível para venda).
Assim, vamos tentar perceber o que a energia geral nos traz, assim como a atitude a adaptar em relação aos diferentes desafios. Lembrando que há outras formas de descobrir qual a energia do ano, mas está foi aquela que me fez mais sentido.
Pela soma dos algarismos temos um ano seis (2+0+2+2), o que na numerologia nos remete para a estabilidade (ou para a necessidade de ter estabilidade), numa valorização das raízes, da família, dos afetos que fortalecem e amparam, representando um ancoramento.
Muitas vezes pode representar um sacrifício pessoal para conseguir essa unidade, em que o indivíduo se anula para manter tudo aquilo que o rodeia unido.
Favorece, ainda, a busca, a procura das respostas aos questionamentos espirituais, que poderá promover uma transformação pessoal. Pelo que é natural que haja maior tendência para a introspeção, um porto seguro necessário para que esta exploração não represente algo negativo, mas promotor de harmonia e amor.
Qual a solidez do seu ponto de ancoramento? Qual a estrutura mais importante, que o ampara e promove o seu bem-estar? Há algum sacrifício pessoal para manter essa unidade? É saudável para si?
Em linha com esta ideia encontramos o Tarot, que nos apresenta a energia dos Enamorados, no arcano maior número VI. Embora, à primeira vista, possa ser uma carta algo simplista, numa abordagem mais atenta percebemos que nos traz uma grande dimensão de autoconhecimento.
A primeira ideia é a do amor, da empatia, da união com objetivos comuns. Mas um olhar atento traz-nos a dimensão das escolhas, que são a base de qualquer atitude consciente, influenciadas por todas as aprendizagens e experiências passadas. Por outro lado, são as mesmas escolhas que favorecem e promovem a maturidade.
Isto é facilmente compreendido, em cada escolha que se faça há ganhos e perdas, e aqueles terão sempre de compensar estas, aquilo que eu escolho tem de ser sempre melhor do que aquilo que deixo para trás. E é neste confronto que se dá o crescimento, através de escolhas sábias, e outras nem tanto.
É quase uma conceção idílica dos relacionamentos, promotores de estabilidade, a mesma de que falamos acima, protegida e amparada pelo destino, conciliando o conhecimento (a experiência obtida que promove certezas, que serve de ponto de ancoramento) aos objetivos que cada um tem para a sua vida.
Convém a este nível questionar-se se tem feito as melhores escolhas? O que poderá fazer de diferente, de melhor para que as escolhas sejam mais construtivas e sólidas? As escolhas trazem-lhe paz interior, ou algum tipo de conflito?
Para lidar com aquelas escolhas, para lidar da melhor estruturar da melhor forma as relações que o cercam, para promover qualquer questionamento, seja ele espiritual ou dogmático, deverá, antes de mais, saber lidar com as dúvidas, com as interrogações, com a dispersão que o faz perder de vista a meta.
Esta é a energia da carta 6 As Nuvens, que nos ensina a esperar pelo melhor momento para agir, que nos diz quais são os objetivos, e que para serem realizados da melhor forma, da forma mas estruturada e sólida possível, devemos saber esperar pela melhor altura para agir.
É esta energia que mais se relaciona com a fé, na medida em que aquilo que se esconde por trás das nuvens, que não facilmente percebido, gera dúvidas e ansiedade, e é preciso ter fé, até porque é ela que resta, de que para além das nuvens o sol mantém-se a brilhar.
Nesse sentido, somos levados a acreditar em algo superior a nós mesmos, além do sentidos, e acreditar nisso é gerir a ansiedade da melhor forma, até porque o que for acontecer, será vivido com mais convicção, com mais certezas de superação, contribuindo para o crescimento e estruturação de cada um dos indivíduos. Esta é a dimensão da fé, que encontra aqui o terreno ideal para ser trabalhada, uma fé que é pessoal e independente de dogmas.
Neste sentido, deverá perceber se acredita em si, o suficiente? O suficiente para o fazer lidar e ultrapassar quaisquer obstáculos? De que forma lida com a ansiedade e com a hesitação? Consegue esperar pelo momento certo?
Ao longo deste ano, trabalhe as suas relações, permita-se rodear de pessoas que lhe dão estabilidade e tranquilidade, a confiança necessária para lidar com os desafios naturais que vão surgindo. Não aceite menos do que aquilo que merece e lhe faz bem, seja exigente para que, no caso de faltar, consiga criar a estrutura de que precisa. Antes de tudo, está estrutura precisa existir dentro de si, e depois permita-se rodear de pessoas e relações que contribuem para o seu bem-estar, num acto de reciprocidade.
Feliz Ano de 2022.
Joana Fitas
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