Joana Fitas

Todas as oportunidades são boas...

Por Joana Fitas em Março de 2022

Tema Desenvolvimento Pessoal / Publicado na revista Nº 25

Todas as oportunidades são boas no que diz respeito ao desenvolvimento pessoal. Neste artigo vamos explorar, na medida do possível, em que é que este novo ano ajuda nesta matéria. Para isso vamos recorrer à numerologia, ao Tarot e à Sibylla Pitonisa (oráculo baseado no Lenormand, já disponível para venda). 

Assim, vamos tentar perceber o que a energia geral nos traz, assim como a atitude a adaptar em relação aos diferentes desafios. Lembrando que há outras formas de descobrir qual a energia do ano, mas está foi aquela que me fez mais sentido.

Pela soma dos algarismos temos um ano seis (2+0+2+2), o que na numerologia nos remete para a estabilidade (ou para a necessidade de ter estabilidade), numa valorização das raízes, da família, dos afetos que fortalecem e amparam, representando um ancoramento. 


Muitas vezes pode representar um sacrifício pessoal para conseguir essa unidade, em que o indivíduo se anula para manter tudo aquilo que o rodeia unido.

Favorece, ainda, a busca, a procura das respostas aos questionamentos espirituais, que poderá promover uma transformação pessoal. Pelo que é natural que haja maior tendência para a introspeção, um porto seguro necessário para que esta exploração não represente algo negativo, mas promotor de harmonia e amor.

Qual a solidez do seu ponto de ancoramento? Qual a estrutura mais importante, que o ampara e promove o seu bem-estar? Há algum sacrifício pessoal para manter essa unidade? É saudável para si?

Em linha com esta ideia encontramos o Tarot, que nos apresenta a energia dos Enamorados, no arcano maior número VI. Embora, à primeira vista, possa ser uma carta algo simplista, numa abordagem mais atenta percebemos que nos traz uma grande dimensão de autoconhecimento.

A primeira ideia é a do amor, da empatia, da união com objetivos comuns. Mas um olhar atento traz-nos a dimensão das escolhas, que são a base de qualquer atitude consciente, influenciadas por todas as aprendizagens e experiências passadas. Por outro lado, são as mesmas escolhas que favorecem e promovem a maturidade. 

Isto é facilmente compreendido, em cada escolha que se faça há ganhos e perdas, e aqueles terão sempre de compensar estas, aquilo que eu escolho tem de ser sempre melhor do que aquilo que deixo para trás. E é neste confronto que se dá o crescimento, através de escolhas sábias, e outras nem tanto.

É quase uma conceção idílica dos relacionamentos, promotores de estabilidade, a mesma de que falamos acima, protegida e amparada pelo destino, conciliando o conhecimento (a experiência obtida que promove certezas, que serve de ponto de ancoramento) aos objetivos que cada um tem para a sua vida.


Convém a este nível questionar-se se tem feito as melhores escolhas? O que poderá fazer de diferente, de melhor para que as escolhas sejam mais construtivas e sólidas? As escolhas trazem-lhe paz interior, ou algum tipo de conflito?

Para lidar com aquelas escolhas, para lidar da melhor estruturar da melhor forma as relações que o cercam, para promover qualquer questionamento, seja ele espiritual ou dogmático, deverá, antes de mais, saber lidar com as dúvidas, com as interrogações, com a dispersão que o faz perder de vista a meta.

Esta é a energia da carta 6 As Nuvens, que nos ensina a esperar pelo melhor momento para agir, que nos diz quais são os objetivos, e que para serem realizados da melhor forma, da forma mas estruturada e sólida possível, devemos saber esperar pela melhor altura para agir.

É esta energia que mais se relaciona com a fé, na medida em que aquilo que se esconde por trás das nuvens, que não facilmente percebido, gera dúvidas e ansiedade, e é preciso ter fé, até porque é ela que resta, de que para além das nuvens o sol mantém-se a brilhar.

Nesse sentido, somos levados a acreditar em algo superior a nós mesmos, além do sentidos, e acreditar nisso é gerir a ansiedade da melhor forma, até porque o que for acontecer, será vivido com mais convicção, com mais certezas de superação, contribuindo para o crescimento e estruturação de cada um dos indivíduos. Esta é a dimensão da fé, que encontra aqui o terreno ideal para ser trabalhada, uma fé que é pessoal e independente de dogmas.

Neste sentido, deverá perceber se acredita em si, o suficiente? O suficiente para o fazer lidar e ultrapassar quaisquer obstáculos? De que forma lida com a ansiedade e com a hesitação? Consegue esperar pelo momento certo?

Ao longo deste ano, trabalhe as suas relações, permita-se rodear de pessoas que lhe dão estabilidade e tranquilidade, a confiança necessária para lidar com os desafios naturais que vão surgindo. Não aceite menos do que aquilo que merece e lhe faz bem, seja exigente para que, no caso de faltar, consiga criar a estrutura de que precisa. Antes de tudo, está estrutura precisa existir dentro de si, e depois permita-se rodear de pessoas e relações que contribuem para o seu bem-estar, num acto de reciprocidade.

Feliz Ano de 2022.

Joana Fitas









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