É no Inverno que preparamos a Primavera
Por Anandi Ana Isabel em Dezembro de 2021
Esta é uma hora de gravidade que exige foco e concentração, tranquilidade e confiança.
Quando a corda parece estar quase a rebentar, quando o desespero é semeado aos quatro ventos e a chama do medo é acesa em cada ser humano inconsciente da Verdade eterna, quando tudo parece perdido, o Dia está prestes a nascer com o Sol divino a raiar.
Apenas aqueles que conseguem vislumbrar a Luz na mais densa escuridão, aguardam com serenidade e confiança o raiar do Dia anunciado. E ele virá, na hora certa, em sintonia com o despertar da Natureza, o Dia virá com o início da Primavera.
E será um grande desperdício que muitos seres humanos se apaguem nas últimas horas antes de raiar o Sol da Esperança. Porém, é o que eles mesmos estão a escolher inconscientemente, preguiçosamente e desleixadamente.
Este é o Inverno imprescindível ao despertar interior da semente divina que florescerá em Sabedoria e Amor, revelando a condição Divina de cada Homem.
Pelo nosso Amor permanentemente cultivado em atos de Bondade para connosco e para com os nossos irmãos, temos de gerar o calor requerido para a semente germinar assim que a promessa de Vida trazida pelos tímidos raios de Sol primaveril for anunciada através da Terra húmida e fértil que envolve a nossa semente pronta a eclodir.
Na ausência do Amor ativo, diligente e que cuida de todos, a nossa semente apodrece na mesma terra obscura e húmida que poderia ter acolhido e nutrido o seu germinar e desenvolvimento.
Por isso, a recomendação é que amemos com sinceridade e entrega, com sensatez e coragem, evitando as ruelas do julgamento e da rejeição. O nosso Amor só é pleno quando integra o ser amado, independentemente das escolhas que ele faça. É deste modo que o Pai-Mãe Criador nos ama.
O Grande Pai-Mãe jamais expulsou algum dos Seus filhos, foram sempre eles que, no uso infeliz do seu livre arbítrio, se distanciaram demasiado da Casa Paterna (Proteção) e se fecharam absolutamente ao Amor Materno (Vida), assim trazendo sobre si mesmos todo o tipo de sofrimento e, por fim, a morte da qual já não é possível despertar, porque a consciência individualizada se desagrega quando falta a força de Vida que a sustenta e mantém.
O sofrimento e dor infligidos a largo número de seres humanos nesta época da Vida na Terra é determinado pela necessidade de alimento dos seres humanos caídos e Auto separados da Fonte aos quais não resta outro recurso senão vampirizar os seres vivos e, particularmente, os seres humanos que, criados na condição de Reis da Criação, são os mais ricos e poderosos de entre todos.
O ser humano ao entrar na vibração da dor e do medo fica indefeso, liberta o poder vital contido nos seus corpos através de descargas hormonais para o seu sangue. Estas descargas visam a recuperação dos seus corpos, porém uma descarga contínua causada pelo medo e pela dor que por sua vez são incessantemente alimentados pelos seus “captores”, leva-os à degradação, à depressão, à doença física e à morte.
É preciso saber que as frequências do medo e da dor são baixíssimas, depauperam o corpo e a psique e esta, a partir de certo momento, já não consegue ter o discernimento para libertar-se do medo, para sair do transe hipnótico que a aprisionou.
Os captores que mencionei, em geral, não revelam o rosto, agem de forma sub-reptícia, escondidos pelas máscaras das corporações que controlam e das estratégias que têm em curso. Tal como um vírus, são inimigos ocultos, que não se veem e agem dissimuladamente e, por isso, são difíceis de identificar e de neutralizar.
Tal como certos animais fazem, os captores anestesiam as presas antes da captura para que não deem muita luta, nem façam soar sinais de alarme na vizinhança. A anestesia chama-se: Big Brother; Casa dos Segredos; Netflix, pornografia; canais de notícias manipuladas; futebol; entretenimentos que focam nos instintos básicos de satisfação física e por aí fora.
Depois das presas estarem anestesiadas é fácil “injetar-lhes” tudo o que os captores pretendam, é fácil usar a energia do seu medo e da sua dor para as desorientar completamente a ponto de aceitarem qualquer “remédio” que lhes seja sugerido pelas mesmas “fontes” das quais as presas se tornaram absolutamente dependentes.
Querem saber como libertar-se? Fechem a televisão; pausem as redes sociais; vão para a Natureza; dediquem-se a criar beleza e bem-estar; organizem convívios para cantar, dançar, partilhar as vossas criações artísticas, os vossos pensamentos. Coloquem pregos nas almofadas do sofá para que nele não se afundem por demasiado tempo.
É simples afinal, MAS porque é simples muitos não vão por em prática, pois o “catecismo dos captores” ensinou que a complexidade, a tecnologia são a resposta certa. Em vez da tisana da avó, devemos tomar mais um químico altamente processado pela indústria farmacêutica porque nesse se pode ter fé absoluta, ainda que amanhã nos traga outra mazela. Em vez de parar para refletir, devemos seguir um qualquer guru pronto a agregar-nos no seu rebanho, porque nós não sabemos, não somos capazes, temos de saber seguir quem sabe. Em vez de escolhermos o que fazer na tarde de Domingo, afundamo-nos no sofá o resto do dia digerindo com dificuldade o almoço pouco saudável.
E é assim que a Luz da Consciência se extingue, que os projetos luminosos não são implementados e que a depressão se instala matando-nos antes que a morte aconteça.
Tenhamos a coragem e a determinação de ser Simples, Amemos com todo o nosso ser, procuremos incansavelmente a Verdade.
O isolamento e a solidão enfraquecem-nos, e juntos somos muito mais fortes.
Pela Consciência e pela União!
Anandi Ana Isabel
Autora de “Equanimidade – Sentir Paz num Mundo em Revolução”, editado pela Publicações Maitreya, Agosto 2021
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